A Ecocardiografia ou Ecocardiograma Bidimensional com Doppler é um exame de ultrassom no qual as imagens do coração, captadas por um transdutor colocado sobre o tórax do paciente são transmitidas para um monitor. É um método diagnóstico muito utilizado em Cardiologia para a detecção de alterações estruturais e/ou funcionais do coração.
Como é feito:
Com o paciente deitado, as estruturas do coração são analisadas em diferentes posições. O procedimento tem duração de aproximadamente 20 a 30 minutos (salvo exceções).
Indicação:
Está indicado para a avaliação de:
- função ventricular esquerda, de dispneia e edema, e das cardiomiopatias
- valvopatias, de sopro cardíaco e de próteses valvares
- de dor torácica com suspeita de etiologia cardíaca, com diferenciação entre síndrome isquêmica aguda, pericardite, dissecção de aorta, estenose valvar aórtica, prolapso de valva mitral, cardiomiopatia hipertrófica e outras patologias extracardíacas, como tromboembolismo pulmonar, doenças do esôfago ou osteoneuropatias.
- efeitos da hipertensão arterial sistêmica
- eventos cardioembólicos, centrais ou periféricos
- hipertensão no tromboembolismo pulmonar e em doenças pulmonares
- substrato anatômico para arritmias e síncope
- massas e tumores intracardíacos
- doenças do pericárdio
- doenças da aorta torácica, da artéria pulmonar e das veias cavas e pulmonares
- cardiopatias congênitas
- pacientes criticamente enfermos ou politraumatizados
- rotina cardiológica em pacientes assintomáticos, porém sob situações especiais, como gravidez ou atividade atlética de alta performance
- doenças sistêmicas ou de terapêuticas com envolvimento cardíaco
- seguimento evolutivo dessas doenças ou avaliação do efeito de medidas terapêuticas.
- monitorização cardíaca durante procedimentos invasivos (por exemplo: biópsia miocárdica).
Contraindicação:
Não há relatos de efeitos adversos decorrentes do uso de ultra-som para fins diagnósticos.
Limitações do exame
Em pacientes que apresentem:
- limitação de janela acústica por interposição de ar ou tecidos (enfisema subcutâneo, doença pulmonar obstrutiva periférica (DPOC), obesidade, prótese mamária, entre outras)
- limitação de acesso ao tórax (curativos, ferida cirúrgica, drenos, entre outros).
- a presença de líquidos (por exemplo: derrame pleural ou pericárdico) não costuma prejudicar a imagem devido ao meio líquido ser facilitador da transmissão do ultrassom.
Preparo:
Em adultos não é necessário.
Em crianças, jejum oral de 4 a 6 horas, caso seja necessária sedação para evitar agitação e permitir visualização mais adequada das estruturas cardíacas.